Andei pela estrada afora e não pude publicar o "Poemas de Quinta" no dia que deveria, mas hoje também é um belo dia para a alegria. (Bella) A escolha de hoje é uma moça hermética, que escreveu pouco, mas muito fundo. Poesia com gosto e língua de hoje.
Nada, Esta Espuma
Por afrontamento do desejo
insisto na maldade de escrever
mas não sei se a deusa sobe à superfície
ou apenas me castiga com seus uivos.
Da amurada deste barco quero tanto os seios da sereia.
que tivesse um blue.
aNA cRISTINA cÉSAR
Gostava de ser chamada de Ana C. Nasceu em 1952, no Rio de Janeiro.
Saiu “mocinha” do Brasil em 68 e foi para Londres.
Rodou a Europa.Parou de ir à missa.Participou dos movimentos
underground de 70, publicando poesia
em jornais alternativos, produzidos
em mimeógrafos! Vento do novo na poesia.
Cansou-se deste mundo e se matou em 83.
cOLABORADORA:
um amigo, que está em Portugal, lembrou-me de tardes lindas, banhadas a Ana C., Grécia arcaica, literatura fantástica e artigos proibidos.
Para você, Salmer.
